Conização



A traquelectomia, também conhecida como conização, é um procedimento cirúrgico utilizado para tratar pacientes com câncer de colo de útero em estágio inicial ou displasia cervical de alto grau. A cirurgia consiste na remoção de um cone ou cilindro de tecido do colo do útero, que inclui o local do tumor ou da lesão pré-cancerosa.

O vírus do papiloma humano (HPV) tem uma relação estreita com o câncer de colo de útero e as lesões pré-cancerosas. O HPV é um vírus de transmissão sexual comum, e algumas de suas cepas de alto risco, como HPV-16 e HPV-18, estão associadas ao desenvolvimento do câncer de colo de útero. A infecção pelo HPV pode causar alterações nas células do colo do útero, levando a displasia cervical (alteração celular anormal que pode evoluir para câncer).

A traquelectomia ou conização pode ser realizada por diferentes técnicas, incluindo:

Conização a frio: A remoção do tecido é feita com um bisturi, sem uso de calor ou eletricidade.

Conização a laser: A remoção do tecido é feita com um laser que vaporiza as áreas anormais.

Conização por eletrocirurgia ou cirurgia de alça diatérmica (LEEP): A remoção do tecido é feita com uma alça de fio elétrico aquecido.

O objetivo da traquelectomia é remover o tecido anormal e garantir margens livres de células anormais, reduzindo assim o risco de progressão para câncer de colo de útero. Após a cirurgia, o tecido removido é examinado para confirmar o diagnóstico e avaliar a presença de margens livres.

A traquelectomia é geralmente um procedimento seguro, mas alguns riscos e complicações podem ocorrer, como infecção, sangramento e danos a órgãos próximos. Além disso, a cirurgia pode afetar a fertilidade e a capacidade de levar uma gravidez a termo, embora a gravidez ainda seja possível em muitos casos.

A prevenção do câncer de colo de útero e das lesões pré-cancerosas é fundamental e envolve a vacinação contra o HPV, exames regulares de Papanicolau e colposcopia, além da prática de sexo seguro. A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção das cepas de alto risco do vírus, reduzindo significativamente o risco de desenvolver câncer de colo de útero.

Recuperação e Cuidados Pós-operatórios:

A recuperação após uma traquelectomia varia de acordo com a técnica utilizada e as condições individuais de cada paciente. No entanto, algumas diretrizes gerais podem ser aplicadas:

Repouso: Após a cirurgia, é importante descansar e evitar atividades físicas intensas por algumas semanas. O período de repouso varia, mas geralmente é recomendado evitar esforços por cerca de 2 a 4 semanas.

Dor e desconforto: Algum desconforto e dor podem ser esperados após a traquelectomia. Geralmente, os médicos prescrevem analgésicos para controlar a dor. A dor tende a diminuir progressivamente ao longo do tempo.

Sangramento e corrimento vaginal: Algum sangramento ou corrimento vaginal com aspecto aquoso pode ser esperado após a cirurgia. Isso geralmente dura algumas semanas e diminui gradativamente. O uso de absorventes higiênicos é recomendado, mas o uso de tampões deve ser evitado durante a recuperação.

Relações sexuais: Deve-se evitar relações sexuais por cerca de 4 a 6 semanas após a traquelectomia, ou conforme a orientação do médico. Isso permite que o colo do útero cicatrize adequadamente.

Higiene: Tomar banho é permitido após a cirurgia, mas deve-se evitar banhos de imersão, piscinas e banheiras de hidromassagem até que a área operada esteja completamente curada e o sangramento tenha cessado.

Consultas de acompanhamento: É importante comparecer às consultas de acompanhamento com o médico para avaliar a cicatrização, discutir os resultados da biópsia e realizar exames adicionais, se necessário.

Retorno às atividades normais: O retorno às atividades normais, como trabalho e exercícios físicos, dependerá da recuperação individual e das orientações médicas. Geralmente, as atividades podem ser retomadas gradualmente após algumas semanas.

A recuperação completa após uma traquelectomia pode variar entre as pacientes, e complicações, embora raras, podem ocorrer. É fundamental seguir as orientações médicas e comunicar quaisquer sinais de infecção ou complicações, como febre, dor intensa ou sangramento excessivo.

Aqui estão algumas das principais perguntas e respostas sobre a conização/traquelectomia:

1. O que é traquelectomia?
A traquelectomia, também conhecida como conização, é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de um cone ou cilindro de tecido do colo do útero para tratar o câncer de colo de útero em estágio inicial ou displasia cervical de alto grau.

2. Por que a traquelectomia é realizada?
A traquelectomia é realizada para remover tecido anormal do colo do útero, como células pré-cancerosas ou câncer em estágio inicial. O objetivo é prevenir a progressão para um câncer invasivo e garantir margens livres de células anormais.

3. A traquelectomia afeta a fertilidade?
A traquelectomia pode afetar a fertilidade e a capacidade de levar uma gravidez a termo, embora muitas mulheres ainda consigam engravidar após o procedimento. A cirurgia pode enfraquecer o colo do útero, aumentando o risco de parto prematuro ou aborto espontâneo. É importante discutir essas questões com o médico antes da cirurgia.

4. Quais são as técnicas de traquelectomia?
Existem três técnicas principais de traquelectomia: conização a frio (com bisturi), conização a laser e conização por eletrocirurgia (LEEP).

5. A traquelectomia é dolorosa?
Algum desconforto e dor podem ser esperados após a cirurgia, mas geralmente são controlados com analgésicos prescritos pelo médico. A dor diminui progressivamente à medida que a área cicatriza.

6. Quando posso retomar as relações sexuais após a traquelectomia?
Geralmente, recomenda-se evitar relações sexuais por 4 a 6 semanas após a cirurgia, ou conforme a orientação do médico, para permitir a cicatrização adequada do colo do útero.

7. Quais são os riscos e complicações da traquelectomia?
Os riscos e complicações da traquelectomia incluem infecção, sangramento, danos a órgãos próximos, problemas de fertilidade e dificuldades na cicatrização. Complicações graves são raras, mas é importante discutir os riscos com o médico antes da cirurgia.

8. A traquelectomia é uma cura definitiva para o câncer de colo de útero ou displasia cervical?
A traquelectomia pode ser eficaz no tratamento de câncer de colo de útero em estágio inicial e displasia cervical de alto grau. No entanto, é fundamental realizar acompanhamento médico regular e exames adicionais conforme necessário para garantir que não haja recorrência ou progressão da doença.

9. Como posso prevenir o câncer de colo de útero?
A prevenção do câncer de colo de útero envolve a vacinação contra o HPV, exames regulares de Papanicolau e colposcopia, e a prática de sexo seguro. A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção das cepas de alto risco do vírus, reduzindo significativamente o risco de desenvolver câncer de colo de útero.

10. Quanto tempo leva para me recuperar de uma traquelectomia?
O tempo de recuperação varia entre os pacientes, mas geralmente leva de 2 a 4 semanas para retomar a maioria das atividades normais. Algumas atividades, como relações sexuais, podem exigir um período de espera maior (4 a 6 semanas) para permitir a cicatrização adequada do colo do útero.

11. Quando devo procurar ajuda médica após a traquelectomia?
É importante procurar ajuda médica se você apresentar sinais de infecção ou complicações após a cirurgia, como febre, dor intensa, sangramento excessivo ou corrimento vaginal com mau cheiro. Além disso, não deixe de comparecer às consultas de acompanhamento com seu médico para avaliar a cicatrização e discutir os resultados da biópsia.

12. A traquelectomia é sempre necessária para tratar displasia cervical ou câncer de colo de útero?
A traquelectomia é uma opção de tratamento para casos selecionados de câncer de colo de útero em estágio inicial e displasia cervical de alto grau. No entanto, outras opções de tratamento podem ser consideradas, como crioterapia, terapia a laser ou histerectomia (remoção do útero), dependendo da gravidade da condição e das preferências e circunstâncias individuais da paciente. A decisão sobre o tratamento deve ser tomada em conjunto com o médico.

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